Na Estação
João Lenjob
Depois de chorar
De entender, viver, acordar
O melhor era pra casa voltar
Recobrar do carinho que a família me deu
Abraçar a vida que um dia deixei
Tentei refazer-me
Complicado foi, pois teu rosto em tudo se encontrava
Teu perfume em todos os lugares eu sentia
E até tua voz soava constantemente em meus ouvidos
Minha expressão pessoal ainda era tua decisão
A nossa decisão, a decisão da vida
Por isso não culpo-te somente
Porque um dia, sei que ainda sabes, eu, resolvi aceitar-te
Sobretudo na estação, um céu novo se abria
Repleto elegantemente de muita esperança
Percebi então que isto também teria a validade de minha aceitação
Não pensava se tinha ou deveria esquecer-te
Criar outra pessoa, modelar ou projetar
Mas tinha que acreditar num novo dia
Numa nova vida, num outro momento
Refazer-me? Não!
Eu tinha mesmo era que renascer
Meu coração que ficou em ruínas acreditava
Talvez mais do que eu, pelo medo insensato de pensar
Medo de amar, de querer, de viver
Medo até de ser feliz
Este era o maior realmente medo
Era acreditar que sem tua presença eu poderia ser feliz
E egoísta, que não poderias ser feliz sem mim.
Pobre ignorância.
Pobre pecado em que me coloquei, me situei
E depois ainda saciei.
A lágrima era conseqüência da inocência
Que tive que ver meu, tudo o que doaste um dia.
Mas o movimento das pessoas entrando no trem não me iludia
Estava concentrado na dor presente
Estava vivendo uma dor que era crônica
O destino só me guardava mesmo, a esperança
O que era muito bom, pois da vida, não tinha nada
Ingrato era acreditar que uma magia feriria tanto
E este realmente parecia o meu fim
A viagem pra casa fora longa e sinuosa
E a esperança também “sinuou” meu pensamento
Por hora até acreditei na natureza
No verde das montanhas
No brilho das límpidas nascentes
Na riqueza daquele filme que eu me retratava
E mesmo assim tão belo
Era eu a estragar o tamanho do encanto divino
Assim agradecia veemente a natureza
Mas ela não fazia o mesmo por mim
Por minha melancolia e orgulho
A cooperação foi tanta que o sol veio também me ver
O céu claro, limpo, belo e vivo
A miscelânea também existia dentro da locomotiva
A uniformidade de sua velocidade me deixava concentrado
O que era ruim
Mas as caminhadas, sem fontes, dos passageiros me satisfazia
Num mundo de gente diferente
Será se alguém ali sofria como eu?
Era abuso demais acreditar na realidade
Duvidar, questionar, tudo.
Mas eras ainda a minha realidade
E tão logo percebi que não merecias a minha dor
E um sentimento muito rico meu para um teu tão pobre
Era um amor tão nobre meu para um teu tão nanico
Eu poderia desfrutar do amor que ali me era apresentado
O amor à vida, o amor à esperança
Novamente a viagem me ensinou
Porque tudo aquilo me fazia bem e querer-te me fazia tão mal??
Porque viver-te? Porque amar-te?
Amar a vida, a natureza e o que eu tenho era sim bom
Não tão bom quanto era te amar
Mas as proporções menos negativas e doídas
Com sentimento mais correspondido
Que cria chances de novos sentimentos e novas pessoas
E assim, amar nunca tinha sido tão bom.
João Lenjob
Depois de chorar
De entender, viver, acordar
O melhor era pra casa voltar
Recobrar do carinho que a família me deu
Abraçar a vida que um dia deixei
Tentei refazer-me
Complicado foi, pois teu rosto em tudo se encontrava
Teu perfume em todos os lugares eu sentia
E até tua voz soava constantemente em meus ouvidos
Minha expressão pessoal ainda era tua decisão
A nossa decisão, a decisão da vida
Por isso não culpo-te somente
Porque um dia, sei que ainda sabes, eu, resolvi aceitar-te
Sobretudo na estação, um céu novo se abria
Repleto elegantemente de muita esperança
Percebi então que isto também teria a validade de minha aceitação
Não pensava se tinha ou deveria esquecer-te
Criar outra pessoa, modelar ou projetar
Mas tinha que acreditar num novo dia
Numa nova vida, num outro momento
Refazer-me? Não!
Eu tinha mesmo era que renascer
Meu coração que ficou em ruínas acreditava
Talvez mais do que eu, pelo medo insensato de pensar
Medo de amar, de querer, de viver
Medo até de ser feliz
Este era o maior realmente medo
Era acreditar que sem tua presença eu poderia ser feliz
E egoísta, que não poderias ser feliz sem mim.
Pobre ignorância.
Pobre pecado em que me coloquei, me situei
E depois ainda saciei.
A lágrima era conseqüência da inocência
Que tive que ver meu, tudo o que doaste um dia.
Mas o movimento das pessoas entrando no trem não me iludia
Estava concentrado na dor presente
Estava vivendo uma dor que era crônica
O destino só me guardava mesmo, a esperança
O que era muito bom, pois da vida, não tinha nada
Ingrato era acreditar que uma magia feriria tanto
E este realmente parecia o meu fim
A viagem pra casa fora longa e sinuosa
E a esperança também “sinuou” meu pensamento
Por hora até acreditei na natureza
No verde das montanhas
No brilho das límpidas nascentes
Na riqueza daquele filme que eu me retratava
E mesmo assim tão belo
Era eu a estragar o tamanho do encanto divino
Assim agradecia veemente a natureza
Mas ela não fazia o mesmo por mim
Por minha melancolia e orgulho
A cooperação foi tanta que o sol veio também me ver
O céu claro, limpo, belo e vivo
A miscelânea também existia dentro da locomotiva
A uniformidade de sua velocidade me deixava concentrado
O que era ruim
Mas as caminhadas, sem fontes, dos passageiros me satisfazia
Num mundo de gente diferente
Será se alguém ali sofria como eu?
Era abuso demais acreditar na realidade
Duvidar, questionar, tudo.
Mas eras ainda a minha realidade
E tão logo percebi que não merecias a minha dor
E um sentimento muito rico meu para um teu tão pobre
Era um amor tão nobre meu para um teu tão nanico
Eu poderia desfrutar do amor que ali me era apresentado
O amor à vida, o amor à esperança
Novamente a viagem me ensinou
Porque tudo aquilo me fazia bem e querer-te me fazia tão mal??
Porque viver-te? Porque amar-te?
Amar a vida, a natureza e o que eu tenho era sim bom
Não tão bom quanto era te amar
Mas as proporções menos negativas e doídas
Com sentimento mais correspondido
Que cria chances de novos sentimentos e novas pessoas
E assim, amar nunca tinha sido tão bom.
Pessoas, todos bem? Esta foto foi no aniversário do meu primo Vinícius e nela comigo, a bela Manu. Pena Manu, nas duas fotos as poesias foram tristes, mas não tem nada a ver com você, viu? Pois é adorável e merece uma poesia alegre, sempre. Espero que gostem da poesia hoje e só vale mesmo se lerem a de ontem. Abraços e até mais!!
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