Monólogo
João Lenjob
Foi pensando em você
Num vale escuro a lua
Quando a noite começa serena
O céu se estrelava no ambiente purificado
E a lua se ascendia como um grande refletor
Os grilos iniciavam uma nobre serenata
Acompanhados de folhas dançantes,
Sopradas pelos metais dos ventos
E pelas correntes gravitadas de um riacho
Formava-se assim uma sinfônica no meio da mata.
Assim aconcheguei-me na grama úmida
Cruzei meus braços sob o pensamento
E senti-me iluminado no meio a escuridão
Pela oportunidade única de deliciar tal momento
Pelo brilho intenso que o céu me presenteava
E pelo meu enorme amor por você.
Logo, mesmo na horizontal recordei-me de um palco,
E que eu era o ator principal daquela peça
E me imaginava saindo paulatinamente da coxia
Dominando todos os sentidos
Conduzia feliz e sincero aquele monólogo
Perguntava sobre você meu amor, para o céu,
E eu mesmo respondia por ele (também por você)
Falava do meu amor, de como era grande,
Gracioso, gostoso, prazeroso e encantador.
As milhares de estrelas compunham a platéia
Algumas sozinhas e concentradas
Outras, cadentes, mais agitadas,
E poucas muito brilhantes, como olhos infantes,
Piscavam emocionadas, acompanhadas pelos pais,
Muitas famílias de constelações inteiras
Acho que tinha até astros importantes por lá
Tipo alguns planetas que eu não poderia distinguir de longe
Todos concentrados e abrilhantados de seus camarotes
Mas pudera, eu era o maior astro, com o maior cenário,
O presente mais eficaz da santa natureza
E a peça em homenagem ao meu amor
Além do privilégio de ficar em cartaz a noite inteira.
Apresentando sentia-me o mais sublime dos seres
O mais amado e querido
Tive a impressão até de ser aplaudido
Isso quando eu falei do dia, que para elas era o outro continente,
Expressei que era muito bom amar por lá também
Que tinha flores vistosas e milhares de cores por todos os lados
Muitas verdejantes pelo excesso presente da natureza
Nunca tinham ouvido falar de algo parecido
Ficaram estupefatos com meu talento
E deixei claro que tudo na noite era mais romântico
Prestigiando claro, elogiando, pois falava do meu amor,
A alegria era tão grande que a hora nem passava
Mas também meu amor merecia muitas palavras.
Sobretudo logo começou a raiar as portas do meu teatro
O cenário começou a, lentamente, desfigurar,
Todos meus músicos já estavam cansados
E meu público, saciado e satisfeito, se despedia
O meu sorriso era como um autógrafo para eles
Fui protagonista de uma literal noite de amor
Retornei-me então ao camarim do outro continente
E quando feliz por ter encenado o maior amor do mundo
Percebei que quebrei generosamente a perna,
Merda!
João Lenjob
Foi pensando em você
Num vale escuro a lua
Quando a noite começa serena
O céu se estrelava no ambiente purificado
E a lua se ascendia como um grande refletor
Os grilos iniciavam uma nobre serenata
Acompanhados de folhas dançantes,
Sopradas pelos metais dos ventos
E pelas correntes gravitadas de um riacho
Formava-se assim uma sinfônica no meio da mata.
Assim aconcheguei-me na grama úmida
Cruzei meus braços sob o pensamento
E senti-me iluminado no meio a escuridão
Pela oportunidade única de deliciar tal momento
Pelo brilho intenso que o céu me presenteava
E pelo meu enorme amor por você.
Logo, mesmo na horizontal recordei-me de um palco,
E que eu era o ator principal daquela peça
E me imaginava saindo paulatinamente da coxia
Dominando todos os sentidos
Conduzia feliz e sincero aquele monólogo
Perguntava sobre você meu amor, para o céu,
E eu mesmo respondia por ele (também por você)
Falava do meu amor, de como era grande,
Gracioso, gostoso, prazeroso e encantador.
As milhares de estrelas compunham a platéia
Algumas sozinhas e concentradas
Outras, cadentes, mais agitadas,
E poucas muito brilhantes, como olhos infantes,
Piscavam emocionadas, acompanhadas pelos pais,
Muitas famílias de constelações inteiras
Acho que tinha até astros importantes por lá
Tipo alguns planetas que eu não poderia distinguir de longe
Todos concentrados e abrilhantados de seus camarotes
Mas pudera, eu era o maior astro, com o maior cenário,
O presente mais eficaz da santa natureza
E a peça em homenagem ao meu amor
Além do privilégio de ficar em cartaz a noite inteira.
Apresentando sentia-me o mais sublime dos seres
O mais amado e querido
Tive a impressão até de ser aplaudido
Isso quando eu falei do dia, que para elas era o outro continente,
Expressei que era muito bom amar por lá também
Que tinha flores vistosas e milhares de cores por todos os lados
Muitas verdejantes pelo excesso presente da natureza
Nunca tinham ouvido falar de algo parecido
Ficaram estupefatos com meu talento
E deixei claro que tudo na noite era mais romântico
Prestigiando claro, elogiando, pois falava do meu amor,
A alegria era tão grande que a hora nem passava
Mas também meu amor merecia muitas palavras.
Sobretudo logo começou a raiar as portas do meu teatro
O cenário começou a, lentamente, desfigurar,
Todos meus músicos já estavam cansados
E meu público, saciado e satisfeito, se despedia
O meu sorriso era como um autógrafo para eles
Fui protagonista de uma literal noite de amor
Retornei-me então ao camarim do outro continente
E quando feliz por ter encenado o maior amor do mundo
Percebei que quebrei generosamente a perna,
Merda!
Hoje no Blog
Pessoas, todos bem? Esta poesia é homenagem minha ao Teatro e aos profissionais do Teatro, em especial Pedro Paulo Cava e as doces atrizes de Hollanda. Também a todos que lutam e sofrem por ele. Palmas para as pessoas do Teatro! Na foto comigo Eliz, Adelita e Gabriela. Turma gente boa.
Parabéns pra Daniel Carvalho, filho dos grandes amigos Boninho e Thelma. Parabéns para Danielle Lopes, amiga minha antiga aqui de Beagá e para a prima Bárbara Morais, lindíssima que hoje dá as graças ao povo carioca. Felicidade procês!!!
Nota de Falecimento: Fiquei comovido com o falecimento do amigo novaerense Mário Margarida, Mário do Cinema, ontem. Um cara doce, saudosita, amigo, sempre fácil e alegre. Um exemplo de educação que ficará guardado na memória de qualquer um novaerense. Felizmente sabemos que a gente, da cidade, mereceu esta nobre figura e que ele esteja bem onde está hoje. Esta pessoa, referida, foi a primeira pessoa que me ensinou a afinar violão e me deu dicas. Sempre com sua generosa atenção, tocando suas músicas românticas, com lembranças serenatas, que justificavam muito bem seu jeito delicado de ser. Felicidades Mário!!!!
Nota de Falecimento: Desta vez a pessoa referida foi pouco conhecida. Só recordo de tê-lo visto uma única vez, mas Jesiel Ramos Muniz foi pai de três pessoas que eu devo muito pessoal e profissionalmente. Max, Léo (Laz) e Jéssica são três talentos novaerenses que estão em minha vida pessoal de uma forma generosamente amiga e os dois, me ensinaram muito como músico, quando a gente formava o LBMG (bandinha boba, mas preservando composições próprias, de Nova Era), pela disciplina principalmente. Ensaiar todos os dias, ouvir opiniões, tolerar a gente mesmo. Aceitei isso na véspera porque sabia que se tratava de dois amigos que tive desde a infância, amigos, junto à Jéssica e a Rosângela (a mãe), que tive de coração e que têm lugares nobres em meu coração eternamente. Meus sentimentos pra vocês quatro!
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