06 outubro, 2005

A Voz do Silêncio

A Voz do Silêncio
João Lenjob

Os meus olhos nos olhos são outros olhos nos olhos
Mesmo que eu olhe com afago, nem sempre olharei com desejo.
Meus olhos nunca afetam os seus olhos, mas sempre têm afeto,
Eu até que confundo coisas demais, pra mais, bem pra mais.
Mas nem sempre misturo o que pensa que estou pensando
Hei de respeitar a sua palavra com o meu silêncio
Pois ele será sincero para seus olhos através de meus olhos,

Meus olhos falarão que mesmo vezes cegos,
Os seus não ouvem que falo de sua ternura e seu amor
Falarão do carinho e da atenção que só você exibe,
De coração, olhos nos olhos.
Os meus olhos sabem que os seus são sinceros
Mas precisam acreditar na alegria que os meus ficam quando estão com os seus
Os meus olhos então bebem, brincam, assobiam e tentam amar,
Aí se confundem, mas não misturam as coisas, só amam ou tentam amar.

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